sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Uma aula com Cristovão Tezza

Se fosse uma dupla sertaneja, seriam milhares; se tivesse apoio de faculdades, talvez fossem centenas; mas como Tezza é só um dos principais nomes da literatura contemporânea brasileira, reuniu cerca de trinta fãs maringaenses na sala social do Sesc Maringá, para um bate papo sobre Tecnologia e Leitura no Cotidiano.

Com otimismo e bom humor característico, o autor de “O Filho Eterno” - vencedor do Jabuti como melhor romance - reconheceu essa falha no discernimento cultural do brasileiro, ou, como disse “aqui é mais fácil se conhecer o time todo do flamengo – contando os reservas – que o nome dos principais escritores brasileiros do século 20”.

Diversificado entre all-stars, mocassins e tamanquinhos, o público encontrou um Tezza à vontade, tanto com a cidade, quanto com o tema. Macmaníaco assumido, trouxe um Kindle e contou sua trajetória na literatura fazendo links com a evolução dos meios de produção. Apesar da grande empatia pela tecnologia, Tezza confidenciou que só seu último livro foi escrito direto no computador, os outros eram na base da caneta e papel.

Mediado pelo jornalista Marcelo Bulgarelli, o tema fluiu como uma conversa entre amigos, sem cerveja, claro. O público reduzido passou a ser uma vantagem, logo que os presentes se mostraram amplamente interessados nos assuntos propostos. Estudantes, professores e mães puderam provar um pouco da experiência do escritor curitibano com temas atuais, em constante transição.

Além de escritor, Tezza falou como professor e pesquisador, por diversas vezes se dispersando entre passagens curiosas e autores importantes. No final, ao ser perguntado se Maringá daria um bom cenário para uma história, respondeu com bom humor “É complicado, dizem que quem é feliz não escreve. E aqui em Maringá há uma boa chance de você ser feliz”.

O conteúdo? Tente ir da próxima vez.

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