sábado, 27 de agosto de 2011

Escondidinho de frigideira com sotaque europeu*

Foto: Ricardo LopesChopperia Pimenta Doce é mais um concorrente no “Festival Prato de Butiquim”, que extendeu as inscrições até o dia 31 de agosto

O chef de cozinha Julio César Oliveira conheceu os sabores da Europa, mas aposta na tradição do escondidinho de carne seca para levar o prêmio de melhor “Prato de Butiquim”. A receita, que vai representar a Chopperia Pimenta Doce, é levada à frigideira ao invés do forno e foi criada especialmente para o festival, que vai acontecer do dia 1 a 20 de novembro em Maringá.

Segundo Oliveira, também proprietário da chopperia, o aspecto de escondidinho é o mesmo - com a massa encobrindo o recheio – mas as semelhanças acabam por ai. O tempero de ervas aromatizadas acentua o sabor da massa, que ganha crocância do queijo Grana Padano – uma espécie de parmesão europeu. Depois de montado, o prato é fechado nas bordas e vai a frigideira dourar em óleo quente. “Como se fosse uma panqueca”, completa.

“Não queríamos fazer o trivial, mas também não dava para fugir da linha de prato de butiquim”, explica o chef. No cardápio da Chopperia essa variação fica declarada ao vermos Costelinhas com Mandioca contracenando com Salmão ao Molho de Alcaparras. Quem provar, ainda pode escolher entre o Chopp pilsen tradicional ou um whisky 18 anos como acompanhante.

Quando esteve no velho continente, Oliveira tinha uma graduação em turismo e hotelaria e paixão pela culinária. A bordo do avental percorreu por um ano restaurantes da Espanha, Itália, Inglaterra e Portugal oferecendo trabalho em troca de experiência. Autodidata, não demorou a voltar para Maringá com portfólio que garantiu espaço num dos maiores restaurantes da região.

Para a nutricionista e instrutora do Senac, Angélica Rodrigues, a releitura de pratos tradicionais, como o escondidinho, é sempre bem vinda. “O Grana Padano é um queijo muito saboroso que combina com o carboidrato do prato. A harmonia não fica comprometida”. Angélica, que foi escalada para treinar o júri técnico do “Festival Prato de Butiquim”, também valoriza a diversidade dos pratos, porções e petiscos inscritos para o prêmio. “Isso só comprova a qualidade e profissionalização da culinária regional. Só propõe esse tipo de prato quem realmente conhece do assunto”.

Favorito ou não, Oliveira destaca a oportunidade de participar do Festival Prato de Butiquim. “Ganhar é efêmero. Interessante é essa troca, concorrer e conhecer os outros pratos e principalmente o que os clientes tem a nos dizer”, completa.

*Matéria publicada no jornal O Diário no dia 25 de agosto

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Primeira vez com gosto de berinjela


Domingo, 14/08, saiu um texto no alto da última página do D+ falando sobre um alfajor de berinjela. Poderia ser só mais um texto do guia gastronômico do jornal O Diário, o Viva Maringá; Poderia ser um dos textos apresentando os participantes do 1º Festival Comida de Butiquim de Maringá; Mas para mim era o primeiro texto que publico num jornal. Valeu Wilson Teixeira pela oportunidade! E viva as berinjelas!

Alfajor de berinjela vem para ganhar

Alfajor de Beringela é a aposta do Confraria 1516 para o prêmio de melhor porção do Festival “Comida de Butiquim”

“Vim experimentar o alfajor.” Essa é uma das frases que Ricardo Takiguthi mais ouve dos frequentadores do Confraria 1516. O Alfajor de Beringela, especialidade da casa, promete conquistar o júri do “Festival Comida di Butiquim” pela combinação exclusiva de duas fatias de beringela e a densidade da carne e do queijo cremoso temperados.

Para quem perguntar se alfajor não é um doce, o sócio da Confraria explica. “Nós conseguimos a mesma relação da massa crocante e recheio cremoso, só que salgado.” Segundo ele, a beringela dá o sabor exótico e exclusivo que faz da porção carro chefe do cardápio. Quem a pede, tem logo à mesa 15 unidades fartas, que servem duas pessoas.

A assinatura da receita Takiguthi divide com a sócia Deisi Yokikaetsu, com quem compartilha também o hobby pela gastronomia. Da primeira tentativa, ainda preparada com beringelas grandes em reuniões entre amigos, até a porção que é servida hoje na Confraria 1516, já se foram pelo menos dois anos de aprimoramento.

Dividindo atenções com o alfajor, os mais de 60 rótulos de cervejas guardam sabores de diferentes lugares no mundo. Especialista em cerveja – por experiência – Deise conta que tudo começou como um hobby. “Depois percebemos que aqui Maringá não tinha um espaço que oferecesse marcas importadas”. À mostra em geladeiras dispostas por todo o ambiente, os clientes podem busca-las como se estivessem em casa. Quando os convidados do júri técnico visitarem o Confraria 1516 vão provar uma indicação da casa, Weihenstephaner Hefe, uma long neck alemã turva e natural feita de trigo com fragrância e paladar de leveduras especiais, ideal para acompanhar pratos leves.

Quando vieram de São Paulo, ele engenheiro e ela graduada em ciência da computação, Guilherme Takiguthi e Deisi Yokikaetsu pensavam em montar um negócio próprio nos moldes do que viam na capital paulista - na mala a carta de cervejas e uma nova proposta gastronômica comum por lá. Com mais de dois anos de trabalho, além do Alfajor de Beringela, que concorre no Festival “Comida di Butiquim”, os clientes do Confraria 1516 têm à disposição um cardápio exclusivo num ambiente intimista e elegante, cuidadosamente projetado para que sintam-se à vontade.