sexta-feira, 25 de junho de 2010

Secos e tintos


Da série "Mãe! Olha o que eu faço!"

Nesses textos nós temos que convencer o cliente de que o produto/serviço dele é essencial para o nosso público e que o jornal é fundamental para uma boa campanha de marketing. Segue um trecho:
"Degustar um bom vinho, para muitos, é um deleite inigualável. É a arte de apreciar e decodificar a maior quantidade possível de sensações que a bebida pode proporcionar. Porém, não são todos que sabem distinguir se um vinho é encorpado, forte ou suave, ou se aquele nuance amadeirado é característico das vinícolas americanas ou do processo de armazenamento europeu.

Levar esse tipo de informação a um público diferenciado é o primeiro passo para desenvolver uma legião de admiradores de vinho. Para estabelecer essa comunicação, propomos uma parceria que vai além das taças e mesas."
Falando assim até parece que a diferença entre o eruditismo de um somellier e um degustador de Paschoeto é só o conhecimento sobre. Acontece que a publicidade não entra nesse mérito, é a velha apropriação do “culto” pelo inculto, ou vontade de ser “elite”. Enfim, não podemos negar que – se acontecer - vai ser interessante ver as discussões sobre aromas e essências dos vinhos servidos em copo de requeijão.

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