quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pra não dizer que não falei das flores



Em mais uma correria do Matéria Prima – que para choro ou riso nos incomoda toda semana – fui levado ao bairro Vila Bosque, aquele que fica atrás do Juscelino e que ninguém presta atenção. Apesar de ser região central, as casas que se espalham pelas três ruas de lá são simples, algumas de madeira inclusive.

Numa delas, com flores extrapolando o portão, parei pra ver quem morava. Bairro Vila Bosque, Rua Ipê e uma casa florida dariam uma bela analogia. Quem veio ao portão se apresentou como Mauricio, filho do seo Eugênio que mantinha as belas flores. Contou-me que o pai foi jardineiro no cemitério e zelador no Chico Neto, com isso, outras milhares tomadas vieram na cabeça.

De tanto amor pelas plantas, seo Eugênio passava o dia todo entre os mais de 50 tipos de flores que cultivava. Enquanto falava com Mauricio, inclusive, tava lá o velhinho cuidando dos xaxins pendurados na jaboticabeira. Eis que apareceu dona Adenir, sorridente e faladora que, do alto dos seus quase oitenta, apresentava flor por flor, parando ora e outra para lembra de alguma.

Sai de lá, neste sábado, com a certeza de que tinha encontrado minha pauta para a edição 304.Prometi voltar, tirar foto e tomar o chá que ofereceram. Tenho certeza que de lá sairá muito mais que uma analogia com o nome do bairro. Enfim, quando editar a entrevista posto aqui pra vocês, por enquanto, fica a foto convidativa do Seo Eugênio, tirada por Alison Gusmão.



Nenhum comentário:

Postar um comentário