quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O porteiro mudo que ouvia Raul Seixas

Levantar as quatro da manhã já não era dificuldade. Complicado mesmo era ouvir seu cunhado desempregado comentando as últimas do jornal da Globo. “Tem tanta gente burra nesse Brasil, não é?”, dizia devolvendo a xícara de louça manchada ao pires enquanto n’outra mão levava o pão francês com manteiga á boca melada. Se pegasse o jornal, era motivo para que a conversa se estendesse até o portão. “E você viu aquele escândalo do metrô? Bem que eu falo que político só sabe tirar o dele. Gente boa não entra em política não.”

Continua aqui.

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